quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Me faltaram palavras para dizer o que eu sentia.
Me pareceu que "eu te amo" se tornou mais um jargão do que de fato uma demonstração de sentimentos.
Como descrever uma fonte de energia pura sendo gerada diretamente de seu peito?
Te enchendo de uma sensação extásica e nostálgica ao mesmo tempo.
A sensação de olhar nos olnos, sentir o cheiro, pele na pele...
E mais do que isso, o desejo de que o tempo pare para poder desfrutar eternamente dessa sensaçãosem nome.
Uma energia que sai pelos meus poros penetrando nos seus, fazendo a mais justa troca já feita no universo.
Sentimento por sentimento. Sem interesses, sem receios.
Uma grande certeza de que esse é o primeiro momento, do resto da eternidade.
Vontade imensa de virar um só.
"Vamos ficar abraçados pra sempre?"
Ruidos, olhares e toques passam a substituir o crescente de palavras.
A falta de expressão mais completa, usemos o jargão...

EU TE AMO!
Hey você que está sempre desejando a riqueza. Trabalhando "arduamente" e jogando na loteria.
Isso mesmo, você que lê nesse momento, essas palavras!
O que você faria se ficasse rico?
Compraria o mundo?
Faria festas até perder todo o seu tempo, disposição e amigos?
Satisfaria seus desejos até que eles não fizessem mais sentido?
E depois? Compraria mais amigos?
Procuraria por novos prazeres?
Qual seria seu rumo?
A ganancia tomaria conta de você, fazendo com que sempre quisesse mais?
Ou acabaria com a sua Riquesza e viveria de memórias dos bons tempos que se foram?
Perderia o rumo ou traçaria novas vetas?
Uma interminável busca...

E se seu tesouro e sua riqueza que eu falo aqui não forem dinheiro?

Afinal, o que caracteriza um ritual?
Seria a frequência com que fazemos algo?
A importância que damos para algum hábito?
A cerimônia que fazemos para realizar alguma tarefa?
Acho que me sentiria estranha ao entrar no banheiro para o "Ritual da Escovação DEntária", que vem logo após o seu "Ritual de Trocas Energéticas com a Mãe Natureza" (ou seja, o seu almoço!)
Ir para seu "Ritual de Tansporte de Matéria Física" (pegar o ônibus para o trabalho) e se encaminhar pata seu "Ritual de Canalização Energética" (Trabalho).
Já cansado, você, em casa, faz o "Ritual de Moldagem Psicolõgica e Habitual" (assiste TV). E se prepara para seu "Ritual de Repouso de uma Forma de Vida Baseada em Carbono" (dormir)
Lá você deveria realmente fazer um ritual de purificação e criatividade. Mas quem é que aguenta MAIS UM RITUAL DIÁRIO?
Mas vcê, meu caro leitor, jamáis cogitou questionar se esses rituais são realmente os mais importântes e se realmente te acrescentam algo.
Você só continua fazendo.
Ter acesso a todas as suas memórias, pode precer algo muito bom em um panorama geral. Mas receio que a partir do momento que suas memórias se tornam explicação representativa de todas as facetas de sia situação presente, passa a parecer que elas são mais um tapa de luva, do que de fato recordações de momentos passados.
Também acarreta uma agradável perda de linearidade nos seus pensamentos e em sua vida.
Tudo é tão absurdamente interligado, que passa a exigir uma grande responsabilidade.
Abençoados sejam os ignorantes, pois estes sim, sabem o qe significa paz!
Quando um ser de consciência desperta. Jamais conseguirá voltar ao seu antigo sono de tranquilidade. A partir daí, inicia-se uma nova fase: A fase do controle, um grande e complexo treinamento que exercita a calma, a confiaça, a cautela e acima de tudo, o caráter.
Nesse processo, vários tombos e tropeções virão. Mas sem desafio, sem aprendizado.
Nossa Consciência e nossa observação são nossos maiores mestres e isso comprova o grau de nossa evolução física e espiritual.
Que nos deixa igualmente contente com nossas faculdades recém adquiridas, mas em certos momentos ainda nos faz sentir pequenos em relação ao universo infinito que nos cerca.
Esperançosos e confiantes, seguiremos sempre em frente. Mas se abatidos pela dúvida, insegurança ou apego, estagnamos em nossa escala evolutiva pessoal.
Apego? você me pergunta...
Indiferente de a que você é apegado, cria certaz raizes, muitas vezes quase impossíveis de contornar.
Driblar a insanidade parece um extenso trecho de nossa jornada, mas que quando superada, carrega uma liberdade indescritível.
Andarás quase sozinho, ou em pequenos e temporários grupos, se não se submeter a longas pausas e crescente de raizes.
Mas não lamente! Compreenda, aprenda, ame, e siga!

Tudo estava silencioso. Nem mesmo os insetos se permitiam fazer barulho. Talvez por causa da tensão que pairava no ar da noite ou quem sabe o cheiro de sangue incomodava os sentidos até mesmo dos insetos. A cena estava longe de ser uma cena bonita.

Jamais ninguem iria fotografar, nem pintar e muito menos comentar um momento como aquele. Nem mesmo os artistas mais ávidos de sangue iriam querer degustar as caras de pânico estampada nos rostos jovem e mortos.

Todos os rostos mortos, pálidos... Alguns cobertos de sangue, outros de terra e alguns ainda irreconheciveis

Por que? Alguém sabe me responder por que aquela bomba fora jogada ali?

Ninguém perguntou para a morte, ou melhor dizendo, pra mim, o que eu pretendia fazer naquela noite

será que eu nào esperava ouvir radio e tomar chá como a maioria das familias faziam em tempos de paz?

será q eu nao tinha um ingresso pra ópera?

Não... Ninguem nunca pergunta: "o que será que a ceifadora pretende fazer esta noite, será que nao atrapalharei seus planos morrendo???"

E aqui estava eu. Em uma das mais dolorosas cenas que eu presenciei em todos esses séculos de trabalho árduo e interminável. Uma bomba meus caros. Uma enorme bomba, em um hospital de guerra! E só uma figura se destacava no meio de tudo isso. Uma pequena garotinha de cablos avermelhados e pijama branco. Mas ela estava longe de ser uma das vitimas. Nem mesmo outra ceifadora.

Imaginem! Pra que 2 em uma mesma tragedia??

Em tempos de guerra como essa, que diga-se de passagem foi a pior que já presenciei, era um pais por ceifadora! E fiquei satisfeitas!!!

Maldito trabalho não remunerado! E eu sequer escolhi isso!

Comecei meu trabalho, recolhendo uma por uma daquelas pobres almas. Enterrando as minhas mãos geladas nos peitos daquelas pessoas que um dia tiveram uma história, e retirando a sua pequena essência. Sua fagulha de vida, sua conciencia. E depositando no frasco, que parecia maior que coração de mãe, sempre tinha lugar pra mais um... E depois depositar todas essas memórais na nossa imensa bacia , onde elas seriam tratadas.... e depois recolocadas em novas carcaças pra adquirir mais memórias e enriquecer o nosso banco de dados. Vendo por esse lado poderíamos pensar que eles eram apenas formigas... Mas não eram.

Fui um deles certa vez... E acredite, aprendi a amá-los, mesmo com tanta podridão e escuridão no coração humano.

Recolhi uma por uma, e coloquei no meu frasco. Vi a memória de todos quando os tocava. podia ver tudo. Quem eles foram, não somente nessa, mas em todas suas vidas.

Mas um deles realmente tocou fundo em meu coração, há muito tempo parado.Aafinal, fui uma dama certa vez! E esse coração... Eu amei. Quando meu coração ainda batia.

Conhecia essa história! Vi meu próprio rosto refletido nos olhos deste homem.

N~so fazia muito tempo. pelo menos não pra mim. Realmente aos olhos dele eu era mais bonita do que aos meus olhos. Ele estava diferente e o coração dele... Quebrado, cheio de magoas e dores.

Afinal porque?

Vamos voltar só um dia nessa historia, e tudo fará muito sentido.

Era um dia normal. Eu já havia sido avisada da tragedia, e do trabalho extra. Estava a espera. Naquele hospital muito movimentado, onde não se fazia mais diferença entre enfermeiros e médicos. Todos atendiam igual. Feridos vinham de todos os lados e nao havia tempo. A vida gritava em todos os seus momentos.

O médico corria apavorado de um lado para outro... 3 amputaçoes, um parto e 26 mortes. Tudo em um único dia.

Ele era jovem e recém formado. Não fora recrutado pra guerra dado seu problema pulmonar que quase lhe custou a vida quando era pequeno, mas nessas situações nao se faz distinção. Médicos eram médicos.

Mais uma ambulância chega cheia de feridos do front. Ele ouve chamarem seu nome alto e pedirem ajuda. Ele vai ate a ambulÂncia e tira todos de lá. E vê a pequena garotinha ruiva sentada no fundo do carro.

perfeitamente bem e linda...

Ele pensa por um segundo quem era a garota mas não tem tempo de se deter nisso. Corre para colocar todos nos seus lugares. Todos sendo atendidos.

Um minuto de calma e ele é chamado para uma cirurgia. Estilhaços de um projetil no peito de um jovem de 18 anos. Ele nem pede nome. Corre para a sala sem tempo sequer de trocar de jaleco. Na mesa de cirurgia, ele vê o rosto do próprio irmão se contorcendo de dor. Morrendo. pálido.

Ele precisa salvar o garoto. Precisa... A qualquer custo. A dor no seu próprio peito é excruciante! Ele tenta por longas 3 horas. Mas o garoto morre, apertando sua mão.

Nesse momento. o tempo parou. Ele ja nao ouve mais nada! Perdera tudo e todos.

Mortos! Todos eles....

Ele entra em um estado catatônico e vai até um banco que ficava perto de uma janela. Senta ali, com o rosto entre as mãos. As lágrimas nao correm mais. Ele já havia morrido por dentro.

Por um milésimo de segundo a menina ruiva esta caminhando próxima, com os pequenos pés descalços no chão frio. Ela toca o ombro do médico e ele fica alarmado com o toque da mãozinha quente. Olha pra menina, que some no ar e ele logo vê uma enfermeira correndo desesperada e gritando. Ele não entende o que ela fala e não consegue se mover. Ela aponta para a janela e ele olha. Aquela visão pareceu durar anos. A bomba enorme vindo na direção dele. Sem se mover, ele fecha os olhos e tudo fica em silêncio o frio toma conta. Nada mais importa. A única coisa que permanece ali é a saudade e a visão da pequena menina que nao fazia perte desse mundo. A correria que aconteceu ali foi grande. Mas todos morreram no final. Não houve tempo pra nada. Nenhum adeus, nenhum bilhete, nenhuma carta, nenhuma foto. Apenas eu... Horrorizada com a situação. Esperando minha vez de trabalhar!

Ah! Esse coração...

Chorei com suas memórias...

Chorei de saudade.....

Chorei de pena...

Chorei de amor...

Chorei de compaixão. E o que me resta?

Levei o frasco para o lugar onde deveria levar. Ainda com minhas lágrimas escorrendo, cega. Despejei seu conteúdo no enorme lago que as memórias formavam.

Já havia ouvido historias sobre o fim das ceifadoras. Sobre o que acontecia com elas depois de algum tempo. Mas jamais tinha visto acontecer. E nem me importava. A dor me dizia o que fazer.

Larguei meus pertences ao lado da borda, e mergulhei, ainda chorando no lago da conciência e da memória. E ali, a dor cessou.

Ali, a água lavou meu coração há muito parado, e todo o ciclo iria iniciar novamente.

terça-feira, 12 de julho de 2011

De frente para o espelho, encarando aquele rosto que deveria ser muito familiar pra mim, mas simplesmente não é. E me faz sentir muita saudade de alguém q eu nao sei se deveria: eu mesma.
Simplesmente não reconheço mais esses olhos, ou essa expressão cansada no rosto do outro lado do espelho. E ele me encara de volta com uma frieza incalculável.
Se meu próprio olhar é sempre assim, eu realmente nao sou a dona dessa máscara que obedece a todos os meus estimulos. mas sempre com os olhos mortos. Como se esses olhos fossem uma janela para um canto muito escuro e profundo, que eu mesma já desisti de vizitar dentro de mim mesma.
Saudade, já nem sei se é a palavra correta pra ser usada. Talvez a melhor palavra seja necessidade.
Sinto uma grande necessidade de rever meu proprio rosto. ver minhas próprias mãos. e sentir o mundo como se eu nao tivesse presa dentro desse corpo estranho e limitado.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Cara vizinha,
Você foi traída.
Todos da vizinhança compartilhamos da sua dor. Se é que chifre dá dor de barriga.
Todos ouvimos, atravá da sua música (que está mais pra cacofonia comercial) que seu marido magoou seus sentimentos, ao te trair com a secretária. Mas cá entre nós eu nem sabia que caminhoneiro tinha secretária.
Você grita, desafinada, a plenos pulmões, que seu amor nao é correspondido "Canta", chora e soluça, tudo ao mesmo tempo, no ímpeto de mostrar a todos a sua agonia. E, Minha cara, você foi muito bem sucedida nisso.
Estamos todos tão agoniados, nossos ouvidos doem e nossa paciência se esgota. Temos vontade de gentilmente pôr um fim ao seu sofrimento, e, é claro, eliminando junto com isso a possibilidade de qualquer sofrmento futuro. Visto que os mortos não sentem nada.
Ela agora canta o refrão, onde declara que vai vender seu coração em um leilão. Torço sinceramente pra que ela seja presa. Pois tráfico de órgãos ainda é crime em nossa GALÁXIA.
É simplesmente inacreditável como esse seu sofrimento pode ser tão forte a ponto de incomodar tantas pessoas.
Sei que, quem canta seus males espanta. Mas no seu caso só esta aumentando, a ponto de incomodar as pessoas ao seu redor.
Sei também, que a música é o remédio da alma.
Mas qual é o problema em se consolar com um inofensivo November Rain? COM FONES DE OUVIDO?

Atenciosamente,
Sua vizinha.

PS: da proxima vez que isso acontecer, tenho certeza de que inclusive seu marido e a secretária estarão de acorodo com a minha decisão de fazê-la calar a boca permanentemente.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Todo o tempo do mundo de repente me pareceu tão pouco. Pra viver, pra sentir. Tudo parecia rápido demais. Sem tempo de apreciar realmente as paisagens, as sensações, os pensamentos.
Se pudesse pararia o tempo. E sentiria plenamente.
O ar, a água. Sentiria o amor. Veria as cores. Choraria com vontade. Sorriria como uma criança.
Ah o amor.... tão confundido com a Paixão. Se tornando tão reciclavel.
Não! Eu pararia tudo, moveria mundos....
Deixaria meu peito explodir em cores.
Saudade, de tudo que passou e nao volta mais. Que não dei a devida importância. Os sorrisos, os dias que vi o sol nascer sorrindo e esperei se pôr chorando.
As árvores farfalhando com o vento. As gotas da chuva em meu rosto.
Quantas sensações.... sempre sentidas com pressa.
Tanto pra ver, tanto pra sentir, tanto pra aprender! E o tempo, sempre correndo, sem volta, sem medo...Sempre preciso, sempre confiante, Sempre para frente!
E o coração, tão atemporal, tão complexo, e tão incompleto.
Como conciliar? Impossivel.
Todo o tempo do mundo, é pouco pra essa existência eterna.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Memórias...

Era uma vez, uma garota que viva tranquila. Somente com seus próprios pensamentos. Sem nenhum tipo de distração. Tudo era simples.

Ela gostava do que lhe agradava, sem muitos questionamentos, afinal ela não queria agradar ninguém.

Certo dia, quando ela estava imersa em seus pensamentos, sentada em um parque, apenas observando o mundo, um garoto sentou ao seu lado e ficou imitando ela, simplesmente olhando para o nada, e de quando em quando olhava para ela, com curiosidade.

Até que a garota resolveu olhar de volta para ele e perguntar quem ele era.

Ele se apresentou e ela também. Começaram a conversar sobre o que ambos estavam fazendo, observar as pessoas. O assunto parecia fluir muito rapidamente com ele. Era algo agradável. E quando estavam indo embora, prometeram manter contato.

A garota então, passou a pensar com frequência em seu novo amigo, porem distraidamente. Eles começaram a se encontrar, para conversar e se divertir um pouco, e a garota notou o quanto ele era amigável, o quanto as pessoas pareciam gostar dele, e o quanto ele era bonito aos seus olhos. Apesar de ela saber que ele claramente não era nenhum galã de filme. Foi ai que aquele pequeno sentimento incômodo começou a surgir. Parecia que de repente, ela nao era boa o suficiente para ter a amizade dele. Ela passou a sentir uma necessidade grande de manter a atenção dele. Pois para ela, ele parecia irreal, como se quando ela piscasse, ele pudesse se desmanchar ou simplesmente sumir... como fumaça no ar.

Eles já conversavam fazia algum tempo e ela sabia do que ele gostava básicamente.

O que achava bonito e o que nao achava. E ela passou a tentar ser alguém que ele gostasse...

Gostar do que ele gostava...

Falar o que ele queria ouvir...

Enfim... ela começou a mudar.

Mas mudança feita por paixão não é uma mudança necessária, e quase sempre é uma mudança dolorida para quem se dispõe a fazer isso.

Ele demonstrava para ela, que era alguém sensível, alguém amável, alguém... HUMANO. E ela acreditava cegamente nisso.

Acabou admitindo seu pequeno pecado de ser apaixonada por ele, e ele, pareceu corresponder. Era carinhoso... E a sensação era tão boa!

Tudo parecia bonito e seus pensamentos egoistas não existiam mais.

Ah, como ela desejava estar sempre ao lado dele!

E passava tantas horas desejando isso, que nao fazia mais o que ela gostava. E de certa forma sentia vergonha de ser como era, e não ser o que ele havia mostrado ser bom.

Certo dia, ele disse que precisava conversar com ela e ela ouviu atentamente... cada palavra.

Mas silenciosamente, omitiu de si mesma as partes doloridas da conversa e deu seguimento ao sentimento, que uma vez era bom mas agora começava a doer.

Doia... nao ser boa o suficiente;

Doia, nao ser ela mesma;

Doia se submeter a coisas que ela não gostava para poder estar com ele

Doia a saudade de seus afazeres... de seus pensamentos....

E ele machucava profundamente os sentimentos dela, com cada gesto que ele fazia.

Sem saber o porque, a garota continuava omitindo os fatos que doiam...continuava a viver seu sonho. O de a amar a pessoa que ela havia criado m seu coração, e sua mente

mas como isso doia!

E ela chorava!

Ela tentou várias vezes fugir da situação que ela mesma havia criado. Mas parecia um vício.

Simplesmente não conseguia se manter longe tempo suficiente para se curar!

E a cada dia, a cada encontro, as feridas abriam mais e a dor já era insuportavel.

Um dia, depois de conversar com uma amiga a respeito e chorar até não ter mais lágrimas, a amiga, que ouvia atentamente, chorou também.

Chorou a dor da garota...

Chorou a falta de força dela...

Chorou seu vicio.

Então, apavorada, a garota percebeu que algo estava errado. Não era mais só ela que chorava, não havia mais nenhum meio de esconder as coisas que a machucavam.

As situações já eram públicas demais. As pessoas já sentiam pena demais...

E não tinha mais como se enganar.

Então ela se recolheu dentro de si mesma. Com dor demais para admitir, com dor demais para pedir ajuda.

Sem ter mais para onde fugir, ou como manter o sonho. Ela odiou! Odiou com força, pois parecia menos doloroso odiar! Não que isso de alguma forma fosse bom. Mas doia menos.

Triste, ela viu o seu mundo sumir. Os amigos, os lugares, as lembranças. Apenas a amiga que chorou por ela, e sua família haviam permanecido ali.

E o tempo passou. Sem amigos, e sem o garoto que ela costumava amar, ela já não via mais razão para manter a máscara. E muito aos poucos, voltou a ser ela mesma. Voltou a sua essência, sem dor.

Mas a memória, e a cicatriz que tudo isso deixou, jamais vai sumir.

Tudo vai ficar ali. Como um aviso, de que é melhor ser cautelosa, e se manter longe das pessoas que uma vez fizeram ela mudar.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Esta é uma carta de agradecimento.
Na qual venho pensando já faz algum tempo.
A minha intenção aqui, é agradecer a da maneira mais sincera possível, todas as pessoas e situações que fizeram de mim, quem eu sou hoje.
Vou começar agradecendo aos meus pais...
Por sempre me mostrarem quando eu estava errada.... (MESMO QUANDO EU NÃO ESTAVA) ao aplicarem suas reprimendas.
Obrigada aos colegas de escola...
Que, com suas atitudes incríveis e amizade infinita, me pouparam de SOFRER COM A SAUDADE DA ESCOLA.
Obrigada meus irmãos...
Que mem ensinaram o valor daPACIÊNCIA, ao comorterm as mesmas burrices que eu cometi no passado.
Obrigada meus amigos....
Por sempre estarem presentes quando eu NÃO precisava, fazendo promessas de amizade eterna, e FUGINDO sorrateiramente quando eu senti necessidade do auxílio deles.
Obrigada aos queridos colegas de trabalho....
Que mortraram a diferença que faz ter um sorriso no rosto. Chegando dia após dia com as CARAS RABUGENTAS.
Aos chefes...
Que me fizeram agradecer infinitamente o fato dos meus pensamentos serem PARTICULARES.
Aos namorados e rolos...
que me ensinaram a NÃO SENTIR nada por alguém, e a NÃO CONFIAR em ninguém
As pessoas religiosas....
que com sua imensa fé, me mostraram a imensa MENTIRA, que deturpa verdades e distorce sentimentos.
As pessoas burras...
Que me fizeram perceber o incrivel MAL que uma televisão pode fazer na vida de uma pessoa.
As pessoas comuns...
Que me inspiraram a JAMAIS ser como elas.
Aos céticos...
que me fizeram ter mais persistencia para ir atrás de meus sonhos RIDÍCULOS.
As pessoas populares...
que RIAM de mim nos tempos de escola, por eu ser diferente, e hoje são apenas mais um na multidão.
Obrigada a você...
que está lendo essa minha LINDA carta.

E um sincero obrigada para minha familia, e o meu reduzidissimo grupo de amigos.
Que me fazer pensar que apesar de tudo isso, ainda existem BONS MOTIVOS PARA CONTINUAR!