terça-feira, 6 de julho de 2010

Eu ali paralisada,
Sendo observada por todos os transeuntes,
Observada como um objeto
Nunca como alguém
Atrás daquele vidro frio e imundo.
As mulheres paravam, me olhavam, da cabeça aos pés.
Nas nunca se detinham muito em meu rosto.
Os homens, olhavam as formas do corpo, alguns mais sensíveis, olhavam o mesmo que as mulheres.
Mas meus olhos eram evitados,
Como se não apresentassem nada de interessante,
Nada de novo
Como se eu anda sentisse
Como seu eu nada pensasse
Mas eu penso,
Eu observo
Mas a eles eu olho somente seus rostos
Seus olhos.
Suas expressões
E seus corações
Maioria fugitivos, exilados, calados e reprimidos
Tanto quanto eu me encontro
Alguns rebeldes, gritando...
Pouquíssimos em paz, felizes
E aí é que me pergunto, silenciosamente
porque sempre queremos o que não podemos ter? Porque sempre temos o que não queremos?
Tamanha insatisfação
Presente não somente em quem eu observo.
Mas em mim
que tenho por companhia unica, meus pensamentos e meu silencioQ
Sendo observada, mas jamais sendo tocada.

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