domingo, 19 de setembro de 2010

Estava sentada em uma pedra em meio a uma clareira.
Rodeada de arvores escuras, com a neblina baixa, e com frio.
A atmosfera parecia tensa. sem motivo nenhum.
Eu sentia medo.
Mas por alguma rasão tinha mais medo ainda de deixar a clareira.
Foi quando figuras altas e magras, vestindo longas capas negras esfarrapadas vieram deslisando em minha direção.
Fui tomada por um súbito aperto no peito. Como se uma mão gélida apertadde ele de tal forma que simplesmente o impedisse de bater. E o ar foi expulsado de meus pulmões. Como quando estamos nos afogando.
A umidade do ar aumentou vertiginosamente. E o odor fétido que vinha junto com as criaturas era capaz de me fazer vomitar, mesmo sabendo que fazim dias que eu nao comia absolutamente nada.
com os longos capuzes sobre as cabeças, se tornava praticamente impossivel dicernir rostos.
Pra mim, de qualquer forma, eram apenas criaturas.
Criaturas horríveis.
Quando chegaram mais perto, pude contar 7 delas. Me cercando no centro da clareira.
Uma voz que parecia vir do submundo, arrastada e pesada, veio roncando, lembrando um velho com dor de garganta. Simplesmente chamando meu nome.
Tomada pelo terror eu dei um passo para trás.
Era estranho como aquele hálito gelado era capaz de infringir um pânico tão grande em uma pessoa.
Chamou outra vez, e dei mais um passo para trás. Me chocando com a criatura que estava atrás de mim. que subitamente agarrou meus braçoz com as mão geladas e putridas. Tomada pelo maior nojo e medo de minha vida eu gritei.
Mas como em nossos piores pesadelos. a voz simplesmente não saiu.
Sei que pode parecer clichê, mas nosso corpo tem realmente essa falha de programação. Em momentos de completo pânico, ele trava, como um computador sobrecarregado.
As mãos apertava forte meus braços e as outras criaturas se aproximavam, com as mãos estendidas em minha direção. como se fossem me agarrar.
Aqueles longos dedos cheios de feridas pustulentas realmente eram uma visão desagradável. Mas aquilo era a menor de minhas preocupações.
e a mesma voz veio, mas desta vez, da criatua que me segurava, dizendo: "Hoje iremos te levar embora. Hoje, teu irmão não está aqui pra te proteger."
Lembrando de meu irmão, o pânico aumentou, eu o expulsara veementemente, na noite anterior. Julgando que estava fazendo algo certo. Como fui tola.
E as 14 mãos tocaram meu corpo. Com os dedos nojentos e gelados. e eu gritei. Mas desta vez gritei com força. A dor era simplesmente insuportável.
Cada dedo irradiava uma descarga eletrica em meu corpo que contraia cada músculo. Doia e de alguma maneira, queimava a pele e deixava feridas abertas.
quando a ferida já estava feia o suficiente o dedo de movia para outro pedaço de minha pele, onde pudesse novamente me machucar.
Aos berros eu resisti o máximo que pude. Acredito que fui o mais corajosa que consegui. o Mais forte que se é possível em situações assim.
Derrepente meu corpo não tinha mais forças para gritar. Não tinha mais forças para reagir.
Com o corpo todo cheio de espasmos musculares, eu cai fortemente, pendendo nos braços da criatura.
Ainda vendo os mantos, os capuzes. Mas desta vez vi seus olhos.
Aqueles malditos olhos.
E foi a ultima coisa que vi. Antes do silencio total da inércia, acabar com as dores, com os gritos. E levar todo o cenário embora.
Agora, só restava o nada. o vácuo.
Apenas esta voz da minha mente permanece.
Acho que morri...
Era um sentimento estranho....
Parecia que tudo havia entrado finalmente em seu eixo.
Os sentimentos não torturavam mais, as situações não deixavam amis ansiosa.
Era como se fosse capaz de confiar nas situações, e na conspiração das circunstancias.
Quando aconteciam coisas boas, ficava feliz, quando não aconteciam, era porque era melhor desta maneira.
Essa calmaria era ao mesmo tempo estranha e boa. Mas fazia lembrar aquelas calmarias que existem antes de uma tempestade. Quando o vento para momentâneamente, e tudo parece ficar mais quieto com a Tensão do ar.
Mas de qualquer forma, nao estava com pressa de descobrir o que estava por vir.
Tudo estava certo de alguma maneira.
Como se finalmente tivesse deixado pra tras todos aqueles pesadelos que eu vivia diariamente.
E isso me deixava grata.
Sem reclamar.
Gosto da situação, não mudaria nada. Nem mesmo nas histórias do passado. Caso contrario, não seria quem sou hoje!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Uma vez estava perdida,
Sem saber pra onde ir, ou de onde vinha.
Saguia as instruçoes que pedia no caminho.
Que me levava para lugar nenhum.
Mas cansei de ir pelos caminhos dos outros.
Pelos caminhos que me diziam serem os melhores.
Casada de viver perdida.
Com aquele sentimento de viver a vida dos outros.
Procurei por mim.
Sem pedir informações.
E tive que escolher:
Ser eu mesma, ou agradar aqueles que por tantos anos me guiaram.
Sei que desaponto alguns,
E deixo outros felizes.
Mas finalmente estou no meu proprio caminho.
Que nao sei pra onde leva

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Era uma vez um farol onde era possivel ouvir as ondas batendo nas pedras o tempo todo...

mesmo quando tinha tempestade

Era um lugar calmo, mas abandonado.

De certa forma as pessoas tinham medo do lugar, ninguem entendia porque.

Seria muito normal se o lugar tivesse algu historico de crimes violentos, historias macabras ou corações partidos.

Mas o lugar apenas havia sido abandonado pela administração, quando foi julgado como "gastos em excesso". E o imponente predio ficou lá, com a pintura envelhecendo, com a luz apagada, e sem ninguem jamais entrar, nem mesmo os arruaceiros.

Um dia em especial, havia uma tempestade castigando muito aquela encosta.

As pedras pareciam gemer com as batidas das ondas, que pareciam machucar, cada vez que as ondas davam as malditas chicotadas nelas. E uma pessoa enfrentava toda aquela chuva.

Indo para algum lugar, com um ar muito preocupado.

Mesmo chegando perto era quase impossivel ver as feiçoes da pessoa... pois a chuva era torrencial.

Mas essa pessoa nao parecia se importar com a dificuldade da caminhada, ou com a chuva em si. Nem mesmo com os apavorantes barulhos das ondas, e dos trovões.

Você já esteve perto do mar em uma tempestade?

Se a agua pode ser um elemento cruel em terra; Tente pensar quando ela se encontra com mais água ainda.

Águas selvagens, e nada amigaveis em dias irritados. A eletricidade do ar parece ferir.

Repentinamente o ser corajoso, parou diante do farol, levantou a cabeça com os olhos apertados para protegê-los da chuva.E simplesmente caiu de joelhos, como se toda a sua força fosse tirada de seu corpo.

Ele deixou o corpo cair.

E os braços cairam de seu lado com as palmas voltadas para cima e simplesmente soltou o grito mais alto que pode.

Um grito de dor. Mas nao de dor fisica, nenhuma destas dores que alguem médico pode tratar. Era uma dor da alma. Daquelas que nada é capaz de apagar, nem amenizar.

O grito foi seguido de trovoadas fortes e a agua parecia responder ao seu grito batendo mais forte ainda nas pedras. Chorando como se fosse uma criança, o homem juntou o resto de energia que tinha em seu corpo e se arrastou para a porta do farol. Para no minimo ter onde se escorar, já que ele sentia como se ele estivesse morrendo e sendo levado pela agua.

Ao se escorar na porta a madeira cedeu, depois de tantos anos sem cuidados e com a umidade que tomava conta. Jah sem pensar, seguindo apenas seus instintos o homem entrou no farol, sentou no meio do predio e olhou em volta. A escada circular q levava ate a luz estava meio destruida mas os degraus de pedra permaneciam. E neste momento a vida toda de um homem comum e bem sucedido mudou para jamais voltar a ser o que era. Ainda com lagrimas nos olhos, ele deitou no chão olhando para cima

pensando nas coisas que tinham acontecido. Se concentrando na dor que sentia.

Não queria se livrar dela. Era a única coisa que fazia ele lembrar que estava vivo.

Mesmo depois de tanto tempo adormecido dentro de si mesmo. Agindo como se nao fosse ele mesmo.

Agarrando -se a essa dor imensa, ele juntou forças para subir até o topo do farol.

A jornada parecia muito pior do que realmante era, mas a cada degrau, ele parecia estar mais próximo de encontrar o que quer que fosse q ele procurava.

Muito arduamente ele conseguiu chegar ao topo. Mesmo com os vidros quebrados, a luz apagada e o telhado danificado, com a chuva caindo em seu rosto, ele viu o mar e sentiu a agua.

Sentiu seu cheiro entrar em seus pulmoes.

Sentiu a força dela, viu a raiva que até mesmo o belo mar poderia carregar. Aquele mar que as pessoas costumam amar somente em verões. O mar calmo onde as crianças brincam, os velhos pescam, e os jovens amam.

Mas ele amou!

Amou o mar em furia;

Amou a raiva;

Amou a força;

E ali ele encontrou o que ele havia perdido. Sua essencia!

No dia em que ele decidiu levar aquela vida de conveniências: escritórios, casamento, casa, familia.

E o dia q ele perdeu tudo por amar uma pessoa que não convinha.

Alguém que era como aquele mar. Que acabou com ele, deixou-o em pedaços.

Mas mesmo assim o fez encontrar o que havia perdido. Horrivel e maravilhosos ao mesmo tempo.

Ele amou.

Se livrando das corrente, ele tomou a mais dificil decisão da sua vida.

Ser ele mesmo.

Sem se importar com o convencional, sem se deixar levar pelos julgamentos.

Liberdade!

Como o mar. Liberdade de ser e sentir, de amar e destruir. E dormiu ali mesmo na chuva

com a promessa sob suas palpebras.

Promessa de levar adiante um plano que faria toda sua vida mudar. Mas mesmo com as interpéries, ele iria prosseguir.

(to be continued)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Felicidade momentânea...
Mas pouco importa...
A sensação é boa, da situação toda, em si!
Mesmo com meus medos, meus receios,
Mesmo assim, eu continuo aqui, forte!
Na verdade mais forte do que já fui certa vez!
acredito que as coisas que passo me fortalecem!
Talvez a vida seja assim mesmo, e eu seja só mais uma garota descobrindo o mundo!
Talvez eu seja uma garota louca querendo arrumar um sentido pra tudo isso q estou passando....
Mas seja como for,
Sou só mais uma louca procurando por minha paz de espirito!
Nem melhor, nem pior... apenas.... Eu!