segunda-feira, 16 de agosto de 2010

sou como a água. Sigo a correnteza.
Sou levada a lugares que eu não imaginava. Mudo muito, de lugar, de forma, de tudo.
Não tenho medo d mudanças. Não crio raízes.
Quando fico parada por muito tempo, eu estrago. É quase impossível me prender.
De uma forma ou de outra, estou sempre presente, mesmo que você não note.
Mas não lamento isso de maneira nenhuma.
As vezes me sinto perdida.
As vezes me sinto sozinha.
Mas continuo mudando. Continuo me movendo.
Mesmo quando eu estrago, se é que isso é possível, eu mesma me reciclo, mesmo que isso leve algum tempo.
Tenho contato com todos.
As madeiras que criam raízes. As pedras que rolam muito até mudarem de forma. O ar que não tem forma mas é simplesmente indispensável. O fogo que queima até se consumir. O metal frio e aparentemente insensível.
Passo por todos. E todos passam por mim.
Sempre carrego um pouco deles
E deixo neles um pouco de mim.
Queria poder ficar....
Queria poder te fazer entender.
Mas simplesmente não posso.
Existem coisas que você simplesmente jamais entenderia....
Você não é capaz de me conhecer, e me amar como sou.
Prefere que eu o ame, simplesmente.
Mas você desconhece coisas a meu respeito.
Desconhece quem eu realmente sou.
E se você não está nem disposto a sequer me conhecer.
Sinto muito mas não posso continuar aqui.
Não posso continuar alimentando algo algo que só virá a me machucar.... mais uma vez.
Afinal já me machucou silenciosamente diversas vezes.
E algumas vezes as feridas foram tão profundas, que eu não fui capaz de esconder.
Nem se eu tivesse toda a força do universo em minhas mãos.
E como eu posso confiar agora que será diferente?
que não serei machucada?
Sinto muito.
Mas não sou capaz de aguentar novamente o que aguentei.
Você não estava aqui... Não viu como foi.
E eu realmente não queria que tivesse me visto de tal maneira.
Acredito que um simples adeus vai servir.
Porém já fiz isso anteriormente, e veja bem... cá estamos novamente.
cansei desta máscara.
Quando você cansar dela também podemos nos entender.
Se as feridas não tiverem me consumido.
Até lá só me resta esperar.